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domingo, 5 de junho de 2011

Depois de 19 anos, você não o reconhece. E não é por que ele -talvez- tenha alguns fios brancos, tenha engordado ou sua pele -talvez de novo- esteja um pouco flácida. É por que ele já nao é o mesmo. Aquela afeição simples não existe mais e você se quer não consegue abraçá-lo, quanto mais tocar a sua mão. Parece mais simples e mais correto chamá-lo pelo nome ao invés da forma doce que você o chamava. Aliás, faz quanto tempo que vocês não se falam de uma forma doce? E ao passar das semanas isso parece mais difícil. É como se existisse um muro de Berlim entre vocês. Não, o muro de Berlim um dia caiu, mas, essa barreira invisível é sólida demais para ao menos parecer transponível ou quebradiça. É uma barreira alta e expessa. E só de cogitar em quebrá-la, doi. Cansa. Ainda existe a indiferença. Há 10 anos atrás, quem imaginaria que esse seria o futuro? Não saber se ele está bem, saudável ou feliz, até por que, de duas, uma: Ou você quer ferí-lo de alguma forma, nem que seja fisicamente só pra atingí-lo, ou você simplesmente não se interessa. Já não parece importante saber sobre a vida dele. E não deve ser. Até por que, ele não se importa com você, não é mesmo? E mesmo que você não queria fazer algo esperando uma troca, dessa vez, você não consegue. Isso se tornou algo tão grande e contradiotariamente tão insignificante que é difícil explicar. E estranho falar. Falar em como, depois de 19 anos você não entende o gosto musical dele, o seu modo de se vestir ou suas prioridades. Não entende em como tudo que -parecia- “sólido, se desmanchou no ar”. Não entende em como isso começou e já não faz idéia em como vai terminar. Não entende no que ele se transformou. E mesmo que ele diga: “eu sou seu pai”, você é capaz de olhar e dizer: mas, eu nao lhe reconheço. Simplesmente, não sei quem você é.

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